Introdução |
|
|
|
Recuperação
Ambiental |
|
Intercâmbio de filosofias e experiências
entre Brasil e Austrália
Restauração
de ecossistemas degradados é um processo complexo
e envolvente. O intercâmbio de informações
e experiências práticas é vital
para que as iniciativas de recuperação
ambiental tenham sucesso.
Em abril de 2002 ocorreu um evento na Ilha de Santa
Catarina que teve como objetivo realizar esse intercâmbio
entre brasileiros e australianos. Os participantes
australianos também tiveram a oportunidade
de visitar alguns projetos na cidade do Rio de Janeiro.
Esse intercâmbio é o primeiro passo para
manter um diálogo entre esses dois países
do hemisfério sul. Através desse diálogo
se espera que, coletivamente, se analise e se proponha
soluções para a problemática
ambiental que é de todos.
A Ilha de
Santa Catarina
A Ilha
de Santa Catarina tem uma população
de 190 mil e faz parte da cidade de Florianópolis.
A ilha tem 424 Km2 possuindo uma variedade de ambientes
naturais, tais como manguezais, lagoas, dunas,
praias arenosas e floresta atlântica. É a
maior ilha do sul do Brasil e situa-se em uma zona
de transição entre ambientes tropicais
e subtropicais.
A ocupação da Ilha pelos portugueses
da ilha de Açores iniciou-se no século
18. Originariamente a ilha era coberta por vegetação
em 90% do seu território. Atualmente a maior
parte da floresta original não existe mais,
restando fragmentos nas partes mais isoladas.
A
cidade do Rio de Janeiro, moradia para aproximadamente
seis milhões de pessoas e famosa por sua beleza,
música e praias, tem algumas experiências
interessantes em restauração de ecossistemas.
Um dos projetos mais impressionantes é o
programa de reflorestamento de áreas de mata
altântica. Até março de 2002,
aproximadamente 3.200.000 mudas tinham sido plantadas
numa área de 1.300 hectares. Os resultados
obtidos até o momento demonstram que através
desse programa a erosão das encostas diminuiram.
Nota-se também um aumento de biodiversidade
na área. Os resultados evidentes podem ser
vistos nas duas fotos tiradas antes e depois no morro
dos dois irmãos.
Outro
projeto que foi visitado pelos australianos foi o
Parque Nacional da Tijuca – uma grande área
de 3.200 hectares situada no coração
da cidade do Rio de Janeiro. Até a metade
do século 19 a área era intensivamente
ocupada com fazendas de café e a floresta
original estava reduzida a pequenas áreas.
Aproximadamente 140 anos atrás a área
começou a ser reflorestada com espécies
nativas para proteger as nascentes e a bacia de drenagem
da cidade. Atualmente, no lugar das fazendas de café,
existe uma floresta bem desenvolvida que faz parte
do Parque Nacional da Tijuca. O parque tem mais de
60 Km de trilhas demarcadas e sinalizadas e um centro
de educação ambiental que possui um
programa especial para as escolas locais.
|